Vestido curto abala a imagem de universidadeO caso foi divulgado em todos os jornais. Uma aluna do curso de turismo foi hostilizada por cerca de 700 estudantes por usar um vestido considerado curto pelos manifestantes. O episódio suscitou reações lamentáveis por parte dos alunos e da diretoria da Uniban.
A tendência é nos fixarmos no incidente com a aluna, e esquecermos que a principal preocupação é com a imagem da instituição que saiu chamuscada.
Comentário
A Uniban sentiu, nas últimas semanas, quão infernal pode se tornar a vida de uma instituição despreparada para lidar com uma crise. Diante de um problema que assessores bem preparados poderiam ter resolvido com sabedoria e transformado num caso exemplar, a universidade meteu os pés pelas mãos e teve o comportamento de uma instituição amadora. A verdadeira extensão dos danos causados à imagem da Uniban só será avaliada nos próximos meses. Por hora, pode-se tirar lições do episódio:
1) Quando os ânimos se exaltam e a tensão toma conta do ambiente não é o momento adequado para apresentar soluções;
2) O melhor é dar um tempo para reavaliar as expectativas dos alunos e a maneira pela qual o episódio foi compreendido por todos os envolvidos;
3) Desenvolver canais de diálogo com os alunos. Uma conversa franca e aberta com eles permite descobrir quais atividades da escola eles valorizam e com as quais eles não estão satisfeitos. E fazer exatamente a mesma coisa com os pais, professores e funcionários;
4) Retomar o processo com transparência, inteligência e bom senso;
5) Avaliar a necessidade da presença de uma terceira pessoa, alguém imparcial que acompanhe de maneira isenta o processo e que auxilie a administração a sair do impasse;
6) Encontrar a explicação mais efetiva e divulgá-la para a sociedade.
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