terça-feira, 23 de março de 2010

Quer mais alunos?
Cuide bem dos indicadores.


Deixe de pensar na sua escola por um instante. Pense em outra escola que você indicaria para os pais matricularem seus filhos. Por que você pensou nessa escola? Quais características dessa escola vêm à sua cabeça? Esse simples exercício serve para você ver como é complexa a indicação. Será que a indicação tem alguma consistência ou é algo que se deve aceitar sem grandes indagações? Será que ela pode ser criada ou cultivada pela escola?

Comentário

Anos atrás, dizia-se que o negócio era ter QI (quem indica) para conquistar alunos. Era uma brincadeira com o famoso teste que serve para medir a inteligência dos indivíduos. Hoje se faz a mesma coisa. Só que é rede de relacionamento – networking, como é chamada.
Mas uma coisa não mudou: a indicação boca a boca de uma escola continua sendo a principal fonte de alimentação de alunos.
A indicação parte de um conjunto de fatores e não de algum aspecto isolado e casual.
Vamos considerar alguns deles:
1) Uma característica comum à maioria das indicações é de que elas partem de profissionais ligados de alguma forma à área educacional: psicopedagogos, psicólogos, pediatras, fonoaudiólogos, coordenadores educacionais, professores, entre outros. E as escolas concorrentes, elas também indicam alunos para outras escolas? Pode ser, mas é muito difícil. Isso acontece quando a escola não tem Ensino Fundamental ou Médio, por exemplo, ou os alunos apresentam dificuldades de aprendizado que escolas mais especializadas podem lidar melhor com elas.
2) Uma escola sem similar, única, obviamente é mais fácil de indicar. O difícil é isso acontecer quando existem muitas escolas com as mesmas características.
3) Outra variável de peso, a proposta educacional, pode resultar em destaque de indicação de uma escola em relação a outra. Mas com a diminuição das diferenças entre as propostas, a eficácia deste fator é relativa.
4) O fator preço pesa pouco na balança e não é capaz de influenciar uma indicação.
5) Os indicadores estão longe de tomar suas decisões por impulso, ou mesmo por uma predileção baseados apenas na imagem da escola no mercado. Eles têm um respeito genuíno pela escola, afinidade com a sua proposta, cumplicidade e confiança no pessoal que está na linha de frente.
Além de conhecer a motivação por trás da rede de indicadores, é importante cultivá-la. Relacionamentos são vias de mão dupla que pedem manutenção, com e-mails ou cartas de agradecimento pelas indicações, telefonemas eventuais, mesmo para falar de assuntos casuais, convites para se reunir e trocar ideias com palestrantes sobre um tema de interesse comum, cumprimentos pelos aniversários. Não se trata de uma coisa interesseira, mas de uma maneira simpática de lembrar e ser lembrado.
Depois de conhecer e cuidar dos indicadores, não deixe de incorporar a expansão da rede como um hábito de vida de sua escola, aproveitando todos os eventos para se aproximar das pessoas e construir novos relacionamentos.

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