quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Se um problema der um nó em sua escola,
procure uma outra que já aprendeu a desatar.


Ao voltar de férias, a coordenadora da escola estava bastante entusiasmada. Na sua viagem ela conhecera uma colega de outra escola e puderam trocar ideias sobre vários problemas comuns. No início elas se mostraram um pouco resistentes, com receio de falarem além da conta mas, à medida que a conversa evoluia, elas sentiram orgulho de mostrar o que cada escola tinha de melhor. E ficaram encantadas quando perceberam que a maioria dos problemas eram semelhantes e que uma solução poderia perfeitamente ajudar na outra, sem precisar reinventar a roda. Quando ela tentou relatar a sua conversa para as colegas na primeira reunião da escola, ela recebeu uma ducha de água gelada. Suas colegas se sentiram desconfortáveis em debater a experiência alheia. Algumas ficaram céticas e outras levantaram dúvidas se aquela era uma atitude ética. A coordenadora se arrependeu de ter trazido o assunto para a reunião. Ela venceu os seus medos mas não conseguiu contagiar as demais. Em vez de mostrar como desatar nós, ela acabou criando mais um para ela mesma.

Comentário

Aprender a resolver um problema com quem já o enfrentou antes é um processo que já existe desde o início dos anos 70. Tem até um termo em inglês para isso: benchmarking. Em bom português, benchmarking é uma técnica que lhe permite aproveitar as experiências de outras escolas no contexto de sua própria escola. É a arte de identificar situações ou soluções que, de algum modo, são semelhantes aos desafios que você está enfrentando. É provável que você se sinta, a princípio, desconfortável por “roubar” idéias ou experiências que não são suas, mas os princípios de uma abordagem do problema, podem ser identificados e aplicados ao seu próprio contexto.
O benchmarking é um processo cumulativo, no qual as escolas copiam, aprimoram e são copiadas. Quando o assunto for qualidade do currículo, atendimento, formação do pessoal, alimentação, por exemplo, copiá-los de outras escolas no que elas têm de melhor, longe de ser um pecado, pode ser um aprendizado e um atalho para a excelência.
Por isso, em vez de rejeitar soluções que já foram encontradas e desatadas em outras escolas, encoraje o seu pessoal a aprender com os outros, a identificar a existência de afinidades e reaplicar o que aprenderam para desatar seus próprios nós, mas de modo original.
A coordenadora fez a sua parte. Ela pode ter recuado estrategicamente mas não pode perder sua atitude positiva e entusiasta. Vão surgir, com certeza, oportunidades mais propícias para que o benchmarking faça sentido para a sua escola.
Até que isso ocorra, ficam algumas sugestões:
- Defina padrões de excelência e quais as escolas que são lembradas imediatamente;
- Procure características superiores que são associadas à sua escola;
- Colete peças promocionais feitas pelas escolas concorrentes;
- Registre os preços adotados;
- Analise os currículos e calendários escolares;
- Telefone de vez em quando para outras escolas para “sentir” o atendimento;
- Visite as escolas e converse com a direção e com a coordenação;
- Convide-as para visitar a sua escola;
- Converse com os pais que têm filhos estudando em outras escolas;
- Troque ideias com ex-alunos que mudaram de escola.

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